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Delegando com inteligência emocional

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    Delegando com inteligência emocional

    By fernando | Inteligência Emocional | 0 comment | 7 junho, 2018 | 0

    Você sabe delegar?

    O quanto você consegue delegar?

    Você confia nas pessoas com quem você se relaciona?

    Uma das maiores dificuldades que os líderes encontram ao delegar é o fato de transferirem não só a responsabilidade daquele trabalho ou projeto, mas também porque parte da autonomia do líder também é transferida ao subordinado. O líder, que tinha o controle sobre toda a atividade, terá agora que confiar que o subordinado fará o trabalho em seu lugar, e isso faz com que o líder se sinta vulnerável porque alguém irá fazer algo que ele fazia muito bem e que, ao delegar, não terá controle total sobre o resultado.

    Porém, é importante lembrar que grandes líderes não obtêm sucesso sozinhos. Até os líderes mais autoconfiantes precisam estar rodeados de pessoas com quem tenham um relacionamento de confiança, e o ato de delegar é um dos grandes processos de evolução desse relacionamento.

    Da mesma forma que ninguém pode ser autêntico imitando outra pessoa, o líder não pode exigir que o seu subordinado seja exatamente igual a ele, realizando as tarefas exatamente como ele. Quem delega, aceita que a outra pessoa não fará da forma como o delegante faria, e talvez também sem a mesma qualidade, mas se houver confiança e o subordinado conseguir realizar a tarefa com no mínimo 80% da qualidade do líder, a delegação deve ocorrer.

    De fato, há a insegurança de quem delega, mas também há a insegurança de quem recebe a delegação, e se esse processo não ocorrer de forma equilibrada, com inteligência emocional, será traumático para ambas as partes.

    Quem delega tem que confiar. Se não houver confiança, o líder que delega irá revisar todas as atividades do subordinado e este se sentirá numa zona de conforto que não lhe dará o peso da responsabilidade pelo resultado, já que o seu gestor irá sempre microgerenciar e até refazer o que o subordinado realizou. Isso também desgasta e causa retrabalho, além de gerar falta de confiança e de reconhecimento naquele que recebeu a incumbência e teve sua atividade refeita.

    E o que é confiar?

    As pessoas somente confiam em nós quando somos autênticos, genuínos. E todo líder deseja essa mesma autenticidade dos seus subordinados, treinando-os para também se tornarem futuros líderes. Para que haja a confiança necessária e ocorra a delegação de forma equilibrada, existem “7 Habilidades para a Construção de um Relacionamento de Confiança” que devem ser desenvolvidas tanto pelo líder como pelo subordinado antes e durante o processo de delegação:

    1.  Compreenda com sinceridade a outra pessoa. Para compreender alguém é necessário ouvir atentamente, ativamente, sem julgamento, e entender de fato a outra pessoa, criando empatia para enxergar como a pessoa é, ‘calçando os sapatos’ da outra pessoa para compreender pelo ponto de vista dela.
    2. Comprometa-se e declare. Mostre à outra pessoa o que você está disposto a realizar para que a delegação funcione, e verbalize isso para que a outra pessoa saiba qual é o nível do seu comprometimento.
    3. Dê o que a outra pessoa realmente necessita. Delegar não é simplesmente entregar a atividade e deixar com que a pessoa descubra como fazer. É ensinar, dar os recursos necessários, sejam eles pessoais, intelectuais ou tecnológicos. Delegar não quer dizer ‘delargar’, isto é, não é deixar a outra pessoa à deriva. Da mesma forma, aquele que recebe a delegação deve atender aos anseios do líder, no nível das expectativas com as quais se comprometeu.
    4. Compartilhe, ouça, aprenda. A delegação se inicia com um processo de cocriação, onde ambos apresentam suas experiências, dúvidas, sugestões, e ambos aprendem e evoluem conjuntamente.
    5. Reconheça a coragem e abrace a honestidade. Muitos líderes, ao delegar, não aceitam que o subordinado cometa erros. E muitas vezes deixam isso bem claro, inserindo até ameaças sobre o que poderá ocorrer se o trabalho não for feito de uma determinada forma. O problema dessas ameaças é que o medo pode congelar o subordinado e fazê-lo realizar a atividade aquém da sua capacidade. Coragem nada mais é do que agir com medo. O medo bom é o medo pela insegurança do resultado, mas que incentiva a pessoa a buscar a melhor solução para o problema apresentado. Se a coragem for reconhecida e o erro for sinceramente aceito como necessário ao crescimento e desenvolvimento, o subordinado se sentirá sempre tranquilo não só para buscar as melhores saídas, mas também honestamente compartilhará os problemas encontrados, sabendo que receberá o suporte do seu líder naquilo que precisa para evoluir.
    6. Crie alinhamento e visão. As expectativas de ambas as partes devem estar alinhadas e, principalmente, declaradas, bem como qual o futuro desejado e eventuais pontos de controle da atividade. Muitos gestores dizem que o subordinado já sabe onde deve chegar, mas isso não é real. Apenas declarando verbalmente é que o alinhamento ocorrerá.
    7. Viva conscientemente: seja um exemplo. A relação de confiança é coroada pela frase “walk the talk”, que em tradução livre quer dizer que devemos caminhar o caminho que dissemos que iríamos caminhar. Se o líder se compromete a determinadas ações no processo de delegação e posteriormente não cumpre, isso mina a confiança do subordinado, que também da mesma forma (e muitas vezes até inconscientemente) irá deixar de cumprir aquilo que se comprometeu. Mesmo que sejam pequenas coisas, é essencial que no processo de relacionamento de confiança haja a transparência de que o líder faça aquilo que ele exige que seja feito pelos demais.

    Estabelecido esse relacionamento de confiança, o processo de delegação ocorre de forma bastante natural e emocionalmente equilibrada para ambas as partes, fomentando também a criação de um futuro líder dentro de cada subordinado.

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