De acordo com um estudo publicado pelo Fórum Econômico Mundial em 2016 sobre “O Futuro dos Empregos”, dentre as 10 maiores habilidades que serão necessárias em 2020 para os que executivos e colaboradores tenham sucesso nos seus cargos e funções, existem várias que possuem relação direta com a inteligência emocional, e pela primeira vez a Inteligência Emocional foi reconhecida como uma habilidade individualizada e necessária para o sucesso profissional.
Note que muitas empresas buscam, como seu principal objetivo, a maximização dos lucros. É natural que seja assim. Porém, as empresas realmente bem-sucedidas enxergam o lucro apenas como uma consequência do negócio, pois a guia central dessas empresas são seus valores essenciais e uma noção de propósito além de simplesmente ganhar dinheiro. (Jim Collins, “Built to Last: Successful Habits of Visionary Companies”)
E quem honra os valores essenciais da empresa? Quem veste a camisa do propósito da empresa? É quem trabalha nela, obviamente. E quando essas pessoas possuem inteligência emocional no trabalho, não só os valores e o propósito são atingidos, mas também a lucratividade como consequência aumenta sensivelmente.
Um estudo realizado em 1996 por David McClelland, numa multinacional de alimentos e bebidas com filiais em três continentes, demonstrou que as divisões da empresa que possuíam dentre os seus funcionários uma massa crítica dotada de inteligência emocional superavam em 20% a meta da empresa. Já as divisões que não a possuíam, sequer atingiam a meta.
A inteligência emocional influencia diretamente no sucesso da interação entre os colaboradores, nas estratégias dos gestores para administração de conflitos e estresse e no nível de tolerância dos colaboradores ao estresse, além de aumentar a satisfação no trabalho e evitar o esgotamento mental de todos.
Não é de hoje que colaboradores gastam um tempo extraordinário administrando seus conflitos internos, muitas vezes ocasionados por banalidades como uma reprimenda de um superior, um erro cometido que o colocou no centro das atenções (negativas) dos colegas etc. Um tempo que, via de regra, resulta em perda de foco e produtividade.
Para ‘melhorar o clima’ entre os funcionários e fazê-los ‘vestir a camisa’, as empresas normalmente concedem algum benefício trabalhista aos funcionários, seja financeiro ou não, mas isso tem um efeito positivo passageiro e depois de um tempo os funcionários normalmente voltam ao estado emocional anterior, e a empresa ao mesmo tempo não pode mais retirar o benefício concedido.
Para resolver essa situação, é preciso dar aos colaboradores condições para que cresçam e amadureçam emocionalmente, que se sintam satisfeitos internamente. Isto fará com que aumentem seu comprometimento com os propósitos da empresa, tenham equilíbrio no trabalho e também na vida pessoal, com mais felicidade e autoestima.